No próximo mês de fevereiro, 30 dos mais conceituados engenheiros e cientistas do mundo vão reunir-se na Universidade da Califórnia, nos EUA, para discutir o futuro das tecnologias ligadas à automatização e robótica, entre as quais a condução autónoma. O encontro é organizado por Henrik Christensen, um professor e engenheiro dinamarquês que pretende criar um instituto de investigação nesta área.

Em entrevista ao The San Diego Union-Tribune, Henrik Christensen falou sobre a chegada dos carros autónomos e como é que isso vai afetar a sociedade atual:

“A minha previsão é de que as crianças nascidas hoje já não vão precisar de conduzir. Os carros 100% autónomos vão chegar dentro de 10 ou 15 anos. Todos os grandes grupos do mundo automóvel – Daimler, GM, Ford – dizem que os carros autónomos vão estar na estrada dentro de cinco anos”.

Na opinião do engenheiro dinamarquês, a condução vai passar a ser exclusiva a poucas pessoas. Mas nem tudo é mau:

“Eu adoro conduzir o meu carro, mas a questão é o tempo que eu perco no trânsito e que poderia ser aproveitado para fazer outra coisa qualquer. Em média uma pessoa perde uma hora no trânsito por dia, por isso se nos conseguirmos tornar mais produtivos, melhor. Além disso, com a tecnologia de condução autónoma, podemos pôr duas vezes mais veículos na estrada sem ter que investir em infraestruturas.”

Um ataque ao prazer de condução? Uma evolução natural dos tempos? De qualquer forma, é caso para dizer, “no meu tempo os carros tinham volante”…

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