Uma equipe de engenheiros da Universidade da Califórnia criaram um método de comunicação sem fio que usa o corpo humano como meio de propagação da informação. Através da criação de um campo magnético, o corpo pode transmitir dados para dispositivos eletrônicos diversos em um método que economiza energia e é mais seguro do que outros padrões de comunicação sem fio.

Segundo a pesquisa, o novo método de comunicação, se comparado ao Bluetooth, apresenta perdas 10 milhões de vezes menor. Para chegar nisso, os engenheiros desenvolveram bobinas, que funcionam induzindo corrente elétrica e gerando campos magnéticos em extremidades do corpo. A partir disso, bastou emitir informação de um braço à cabeça, ou das pernas aos braços, para medir a eficiência do sistema.

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Sistemas de comunicação sem fio, como Bluetooth, são a solução mais popular para conectar dispositivos vestíveis e permitir a comunicação de sensores biométricos. Contudo, para funcionar corretamente, esse tipo de interface depende de quantidades grandes de energia, já que as radiações eletromagnéticas emitiras por transmissores Bluetooth encontram grande dificuldade em atravessar o corpo humano.

Uma outra vantagem relevante da tecnologia criada nos Estados Unidos é a segurança. Enquanto hackers podem desenvolver meios de roubar informações transmitidas por interfaces sem fio populares da atualidade, o uso do corpo humano como interface de comunicação se mostrou muito mais difícil de ser violado. Segundo os pesquisadores, os dados transmitidos por uma pessoa não podem ser interceptados por outra, mesmo que elas estejam muito próximas uma da outra fisicamente.

Com a pesquisa, novos padrões de comunicação, que usam muito menos eletricidade, podem ser desenvolvidos com vistas à aplicação em computadores vestíveis do futuro. Com menor necessidade de energia, esses equipamentos poderiam aplicar baterias mais compactas e, no fim das contas, se tornarem mais confortáveis e práticos de se utilizar.

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