O mercado de Green Building apresenta sinais de crescimento acelerado no Brasil: conforme o Green Building Council (GBC) Brasil, maior entidade do setor no país, as construções sustentáveis já representam cerca de 10% do PIB da construção civil nacional.

Foto: DINO

O motivo é claro: ganhos para todos os lados. Para os fornecedores, as práticas sustentáveis na construção valorizam os empreendimentos: no Rio de Janeiro, por exemplo, o valor de locação por metro quadrado de um espaço construído com base no Green Building é 24% maior, enquanto em São Paulo essa diferença é de 10%.

Para o consumidor, o ganho está na redução de custos como os de energia elétrica no uso dos espaços, bem como a contribuição ambiental.

Um mercado no qual o Brasil vem ganhando representatividade internacional. Na parte de players, alguns fabricantes locais já levam a tecnologia nacional a diversos países, caso da Ecotelhado, que tem sede em Porto Alegre e exporta telhados verdes, jardins verticais, pavimentos permeáveis, cisternas subterrâneas e soluções para tratamento biológico de efluentes, entre outros itens, para México, Uruguai, Colômbia, Chile e Peru.

A empresa, que assina projetos como os da nova sede da Universidade do Vale do Rio do Sinos – Unisinos em Porto Alegre/RS e o da recentemente inaugurada unidade da rede varejista Lojas Lebes no Centro da Capital Gaúcha, investe em estratégia e tecnologia para avançar sua atuação. Um dos mais recentes investimentos foi um novo website, alinhado às tendências globais da Internet, assinado pela Aioria Software House.

Para atender ao mercado brasileiro e exterior, o portfólio da empresa agrega um sistema sustentável de gestão integrada, composto de soluções para infraestrutura verde que evitam, entre outros impactos ambientais, o efeito ilha de calor urbano gerado por edificações, o consumo exagerado e desnecessário de água e luz, o desperdício de recursos que podem ser reaproveitados a partir do tratamento orgânico de esgoto de residências, papel higiênico e águas cinzas, resultando em efluentes que podem ser usados para irrigação de jardins ou em descargas, substituindo o uso da fossa séptica e da rede pluvial e cloacal, diminuindo o consumo de água potável.

Tendências que devem manter o mercado de Green Building aquecido, não apenas pelos dados financeiros, mas principalmente pela questão ambiental: conforme a FGV, ao passo que é responsável por mais de 2,327 milhões de empregos diretos e indiretos no país, a construção civil é também um dos setores que mais consome recursos naturais, além de ser o maior gerador de resíduos.

Segundo o CBCS – Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, de toda a matéria prima que a construção civil extrai da natureza, somente 20% a 50% é consumida, resultando em um volume de resíduos equivalente a duas vezes mais do que o lixo sólido urbano. O Conselho afirma, ainda, que 60% do total de resíduos produzidos nas cidades brasileiras têm origem na construção civil.

Uma realidade que o Green Building pode mudar.

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