“Estamos vivendo uma fase de transição e de construção das bases do novo ciclo de crescimento”, afirmou o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, na abertura do seminário Fórum Infraestrutura de Transporte, promovido pela Folha.

Segundo ele, o governo tem papel fundamental neste processo. Ao mesmo tempo que tem de agir para melhorar o ambiente de negócios, precisa coordenar de forma eficiente o programa de concessões.

Para acelerar os investimentos, o ministro afirmou que o governo irá priorizar a concessão de rodovias, ferrovias e aeroportos existentes. Esses empreendimentos têm “risco menor, receita imediata e atendem à demanda reprimida”, afirmou.

Regras também serão modificadas com o intuito de facilitar a análise dos projetos por grupos estrangeiros.

MODELO INÉDITO

O governo busca ainda soluções para empreendimentos considerados menos atrativos. O Ministério dos Transportes estuda, por exemplo, promover concessões patrocinadas de rodovias, segundo a secretária-executiva da pasta, Natália Marcassa. Neste modelo, a União arcaria com os investimentos em obras e o setor privado apenas com a operação e manutenção das vias.

O sistema, que já foi adotado por governos estaduais, seria usado em rodovias com menos tráfego.

O ministro dos Portos, Helder Barbalho, reiterou a determinação do governo em trabalhar com empresários e investidores. Segundo ele, neste momento, a orientação é trabalhar para que o investimento privado possa acontecer. Para isso, é preciso compromisso com os contratos.

“Não é possível que haja insegurança e instabilidade de regras em contratos vigentes e de longo prazo”, disse.

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R$ 66 BI
são os investimentos previstos para a concessão de 7.068 km de rodovias

R$ 86 BI
é quanto o setor de ferrovias deve receber de investimentos com as novas concessões

 

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