Mais uma prova de que as conquistas femininas estão em todas as áreas. Até mesmo na construção civil, setor onde tradicionalmente há quase que apenas homens trabalhando, especialmente nos canteiros de obras, isso está mudando. A MRV Engenharia, maior construtora do “Minha Casa, Minha Vida”, emprega hoje 3.210 mulheres no país, uma participação 250% maior que seis anos atrás – em 2009, eram 1.285 mulheres na empresa.

O mais interessante é que elas não ocupam apenas funções administrativas, mas estão cada vez em maior número nos canteiros de obras. São engenheiras, serventes, ajudantes de obra e pedreiras. Dos 14.728 funcionários da MRV no Brasil, 21,8% são do sexo feminino.

Entre os motivos do aumento da participação feminina na MRV, destacam-se a expansão das atividades da empresa a partir de 2007, com a abertura de capital; a escassez da mão de obra qualificada neste período, que abriu oportunidades para mulheres ingressarem no setor de construção civil e o processo de primarização pelo qual passou a empresa. “Percebemos que em algumas atividades, como no rejunte de azulejos e na pintura, as mulheres têm tido destaque maior por serem mais habilidosas para executar estas tarefas”, explica Ralf Haddad, Diretor de Produção na Regional Sul da MRV Engenharia.

A encarregada de assistência técnica da MRV em Porto Alegre, Joana Aparecida de Souza Custódio, 46 anos, é uma das funcionárias que tem crescido profissionalmente dentro da empresa. O curso de azulejista promovido pela MRV, em parceria com a Prefeitura, frequentado há mais de três anos, foi sua porta de entrada como auxiliar de produção na construtora. Joana é técnica contábil, mas sempre se interessou em atuar em obras. “A oportunidade apareceu e eu me apaixonei. Queria sempre fazer de tudo um pouco: pintava, fazia rejunte, cerâmica, gesso. Eu gosto de estar no dia a dia da obra”.

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