Dois mil anos não foram suficientes para derrubar construções erguidas na Roma Antiga. O que estaria por trás desse sucesso de engenharia? Pensando nisso, cientistas da Europa e dos Estados Unidos analisaram amostras coletadas em 11 portos localizados na região do Mar Mediterrâneo, e descobriram que os antigos romanos tinham, de fato, uma “receita” especial para fazer concreto.

De acordo com as análises, eles usavam material vulcânico (rochas e cinzas) e cal, além de um método de preparo bastante específico. “Para estruturas submarinas, cal e cinza vulcânica eram misturadas para criar argamassa, que era colocada, junto com rochas vulcânicas, em fôrmas de madeira”, explicam os autores. “A água do mar instantaneamente desencadeava uma reação química quente. A cal era era hidratada – incorporando moléculas de água em sua estrutura – e reagia com as cinzas para cimentar a mistura”.

Além de produzir um material mais resistente a desgastes, o processo é menos agressivo ao meio ambiente, em comparação com o utilizado para fazer cimento Portland (o mais comum atualmente, fabricado pela primeira vez no século 19), que seria responsável por 7% das emissões de gás carbônico na atmosfera feitas por indústrias.
Serão feitos mais estudos para descobrir como aproveitar nos dias de hoje a “receita” criada pelos antigos romanos

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