O uso de contêineres na construção civil tem aumentado ao longo dos anos devido à economia e reaproveitamento da estrutura, que acarreta na produção de poucos resíduos. Estas obras utilizam pouco cimento, pouca água e nenhum tijolo.

Éder Eduardo Gaspar é empresário e abriu um posto de troca de óleo que é agregado a um bar. A construção foi feita com contêineres. “São várias vantagens. É econômica, sustentável e ambiental. Fora isso, eu sou cigano. Um dia eu coloco sobre um caminhão e levo meu negócio para outra região”, diz.

De acordo com Márcio Guimarães, arquiteto da obra, a adaptação do contêiner foi 30% mais barata em conta do que se a construção fosse de alvenaria. “Ele é como se fosse uma montagem porque tem um tamanho padrão. Dentro dessas medidas você o transforma de acordo com as necessidades do projeto”, explica.

Mas é preciso se informar antes de fazer a obra, porque as obras em contêineres são permitidas apenas para fins comerciais em algumas cidades do interior de São Paulo, como São José do Rio Preto (SP). Não é possível fazer casas neste estilo.

  Estrutura metálica produz poucos resíduos (Foto: Reprodução/TV TEM)

Outro modelo pouco convencional que tem sido procurado é o steel framing. É um modelo feito com peças de aço que não causa desperdício de material e forma a estrutura da obra em uma espécie de “quebra-cabeça”.

A estrutura de aço pode ter diferentes tipos de revestimentos, como o de gesso acartonado, que são placas finas que também levam um tipo de papelão na composição. “Não difere de uma arquitetura tradicional em questão de isolamento térmico ou acústico, segurança e resistência dos materiais”, afirma a arquiteta Vanessa Paiva.

O valor do metro quadrado é de aproximadamente R$ 2,3 mil, praticamente o mesmo valor se comparado com um modelo convencional. De acordo com a profissional, não há desperdício de material e o valor da obra dificilmente sai do previsto.

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