Na cerimônia de posse da nova diretoria do Sinduscon Extremo-Oeste, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, disse que a indústria da construção civil traz consigo um impulso muito grande para a economia da região em função da cadeia de valor que se forma em torno do setor. Ele lembrou que em Santa Catarina, o segmento tem saldo positivo no indicador de empregos, com a criação de cerca de 2 mil vagas nos primeiros sete meses do ano. Além disso, ressaltou a importância das atividades agroalimentar, móveis e madeira e bens de capital, que também são expressivas na região.
“Estamos convencidos de que o Oeste tem que estar na ponta da preocupação do governo pelo que a região significa para a nossa economia”, disse. A solenidade foi realizada na noite desta terça-feira (5), em São Miguel do Oeste, e contou ainda com a presença do 1º vice-presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, dos vice-presidentes regionais da FIESC, Astor Kist e Waldemar Schmitz, lideranças e autoridades locais e regionais.
Côrte, que também visitou indústrias e na manhã desta quarta-feira (6) reuniu-se com presidentes de sindicatos de indústrias filiados à FIESC dos segmentos gráfico, construção civil, confecções e artigos do vestuário, alimentação, moveleiro e metalmecânico, disse que o Estado está iniciando um processo de recuperação da economia e isso está influenciando no seu crescimento. “O Banco Central estima que no primeiro semestre do ano a economia catarinense cresceu 2,6%. É um grande crescimento”, avaliou, lembrando que nesse período o resultado do Brasil foi de aproximadamente 0,5%.
“Fomos um dos últimos Estados a entrar na crise e estamos entre os três primeiros que estão conseguindo sair dela, recuperando nossa capacidade de crescimento. Em termos relativos, a indústria catarinense foi a que mais gerou empregos de janeiro a julho deste ano. Isso mostra a força da indústria”, declarou, salientando que o setor da construção representa 14% dos empregos industriais do Estado.
Em seu discurso, Côrte lembrou que a indústria catarinense representa 30% da economia do Estado enquanto no Brasil esse percentual é de 20% a 22%. “O fato é que em Santa Catarina quando a indústria vai bem, a economia vai bem”, resumiu. “Temos razões para ficar animados. É claro que vivemos uma crise dura e longa. Talvez uma das mais profundas que já tivemos no Brasil. Mas Santa Catarina, pela força da sua sociedade, sobretudo do setor produtivo, consegue sair na frente dos outros Estados e apresentar índices de crescimento que se consolidam mês após mês”, afirmou, lembrando, contudo, que não se pode ignorar a crise – tanto a econômica, quanto a ética e a política. “Posso afirmar que o setor produtivo do Estado não se deixou contaminar pela crise e continua trabalhando duramente para contribuir para que possamos sair mais rapidamente dela”, disse.
O presidente da FIESC também chamou a atenção para as ações da FIESC e suas entidades, SENAI e SESI, nas áreas de educação e saúde. “Temos a educação como principal bandeira. Precisamos aumentar o nível de escolaridade do nosso trabalhador porque o mundo do trabalho está se transformando rapidamente. Por outro lado, precisamos ter trabalhadores saudáveis, que se sintam bem no seu ambiente de trabalho, reduzir afastamentos e acidentes. Tudo isso leva a uma melhoria da competitividade da indústria. Uma indústria competitiva investe mais e gera mais empregos”, concluiu.
“A posse do Sinduscon é motivo de orgulho e de satisfação. Muito batalhei pela criação desse sindicato que contribui com a história da nossa cidade e da região”, afirmou o vice-presidente da FIESC para o Extremo-Oeste, Astor Kist. Ele destacou ainda o trabalho da Federação, especialmente nas áreas de educação, saúde e segurança no trabalho. “A educação é fundamental para o futuro País”, completou.
“Produzimos, talvez, o objeto mais desejado por uma família que é uma moradia, mas também somos responsáveis pela construção de estradas, ferrovias e portos. Temos uma atividade intensa. Seguramente, o setor da construção movimenta uma parte importante do PIB brasileiro”, declarou em seu pronunciamento Mario Cezar de Aguiar, que também é presidente do Sinduscon Joinville.
O novo presidente do Sinduscon, Fernando Toffoli, disse que vai ser um grande desafio dar sequência ao trabalho da gestão anterior. “Me sinto confiante e motivado a contribuir para o desenvolvimento do nosso setor. Precisamos de muito diálogo e cooperação. Promover o associativismo não é uma tarefa fácil, mas acredito que vale a pena. É o principal caminho para desenvolver a economia e a nossa região que é forte e pujante”, afirmou ele, que assumiu a entidade no lugar do empresário Elias Lunardi, que será vice-presidente financeiro do Sindicato, que presidiu de 2013 a 2017.
Visitas a indústrias: Ainda em São Miguel do Oeste, o presidente da FIESC visitou a Seara Alimentos (Grupo JBS) e conheceu as obras de ampliação da planta, que exporta carne suína para o Japão, China e países da União Europeia. O gerente-geral da unidade, Everton Zerbielli, também abordou o plano de expansão da empresa na cidade, que em breve deve realizar novas contratações. Também visitou a empresa Diêlo Alimentos e participou da inauguração da sede da Câmara de Vereadores do município.