[dropcap type=”3″]A[/dropcap] elevação dos custos com materiais e mão de obra faz com que o mercado brasileiro da construção civil busque, cada vez mais, obter ganhos de produtividade. Novas tecnologias e novos conceitos para desenvolver sistemas construtivos mais eficazes e de baixo custo são fatores fundamentais para gerar mais desenvolvimento econômico e social no setor. A 18ª Construsul, que ocorre de 5 a 8 de agosto, nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo, será o palco ideal para debater, promover e disseminar esse processo importante para a retomada do crescimento da construção civil brasileira.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), José Carlos Martins, destaca que entre as grandes empresas do setor apostar em inovação é um diferencial para a venda. A implementação de novas ferramentas tecnológicas é uma das apostas das construtoras brasileiras para expansão.

Pesquisa realizada pela entidade em 2014, denominada “A inovação na Construção Civil no Brasil sob a ótica do consumidor”, demonstra que parcela considerável dos consumidores está disposta sim a pagar mais por itens de tecnologia incorporados ao imóvel a eles oferecido. Dividindo os entrevistados em faixas de renda, a pesquisa mostra que a maioria dos que ganham entre 5 a 10 salários mínimos aceitaria pagar 10% a mais por uma residência que ofereça tecnologia.

O mesmo se verifica nas faixas entre 10 a 20 e acima de 20 salários. Interessante destacar que mesmo na menor faixa (até 5 salários mínimos), boa parte afirmou estar disposta a desembolsar 10% a mais pelo imóvel com tecnologia. Isso mostra que a tecnologia precisa ser aliada da construtora, independente do porte. Quanto mais investir em inovação, maior o retorno do empresário.

De acordo com o presidente José Carlos Martins, os dados do estudo viabiliza o aprimoramento das iniciativas de oferta, ou seja, direcionar esforços para tornar disponível o que o consumidor deseja e, ao mesmo tempo, informá-lo de que dadas inovações possuem determinadas características valorizadas por ele.

– As preferências identificadas na pesquisa são condicionantes da demanda de todos os estratos de renda, em todas as regiões do país, contribuindo para o aprimoramento das ações de mercado e também da política habitacional como um todo, o que envolve projetos de moradia social – ressalta Martins.

A alta dos preços relativos à construção civil praticamente obriga as construtoras a evitar desperdícios, fato que ajuda a reduzir o preço final do imóvel e a dinamizar o processo de vendas. A redução de custos pode ocorrer a partir da adoção de medidas como conhecer novos modelos virtuais de edificação; prover recursos para dispositivos móveis, viabilizando a implementação de aplicativos de gestão de obras nos canteiros, conectando-o aos sistemas de gestão; controlar resíduos e entulhos; adotar a tecnologia verde; e oferecer suporte após a conclusão da obra.

É importante que as empresas não tenham receio de trocar práticas tradicionais, que não são as mais eficientes por atitudes mais inovadoras como investir na industrialização e em melhorias de gestão como meios de aumentar a produtividade.

Para evitar o aumento do desperdício dos materiais utilizados no processo de construção, empresas do setor já estão investindo em tecnologias móveis, criando um canal que tem como objetivo principal obter a maior qualidade e agilidade no processo. Isso permite planejar e monitorar os gerenciamentos dos canteiros de obras, por meio do registro e acesso das informações a qualquer hora e em qualquer lugar. Outro ponto positivo é a reutilização de matérias descartáveis, promovendo serviços com sustentabilidade ambiental que ajudam a reduzir a produção dos resíduos da construção civil, ao mesmo tempo que vinculam a imagem dos empreendimentos à preservação do meio ambiente e a responsabilidade social.

Sobre a Construsul e ExpoMáquinas

A Construsul é o segundo maior encontro de construção civil do País e o maior da Região Sul, onde se reúnem as indústrias, o varejo, compradores, construtores, lojistas, engenheiros, arquitetos, entidades setoriais, representantes de governo e a imprensa. Todos, com a proposta de sinalizar o desenvolvimento do setor. O evento recebe hoje as maiores empresas do segmento, mostrando além de sua credibilidade, o elevado grau de desenvolvimento que atingiu. Paralelamente acontece a ExpoMáquinas, maior exposição da Região Sul de Máquinas e Equipamentos para Construção.

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