Em um momento de recessão, desempregos, falta de investimentos e confiança do mercado as concessões e PPPs (Parcerias Público-Privadas) aparecem com amplitude e oportunidade de desenvolvimento para o Brasil voltar a crescer. “É visível hoje que o Estado brasileiro, nos seus três níveis (federal, estadual e municipal), está sem capacidade de investimento. Com PPPs e concessões, nós readquirimos essa capacidade”.

A afirmação é de José Carlos Martins, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). Para ele, estamos vendo uma ruína total das instituições, “parece que o Brasil num instante se desmanchou. Mas vamos ver pelo outro lado, tem o dia seguinte. As concessões e PPPs são o grande pulo que o Brasil pode dar de eficiência”, disse.

Segundo ele, “o mercado precisa se preparar para a pós-crise”, já que a estimativa é que até 2030 o país precise investir 5,5% do PIB em infraestrutura. Isso significa algo em torno de R$ 432 bilhões ao longo dos próximos 15 anos, dinheiro que pode ser aplicado de forma desconcentrada. “Por isso, a agenda de mudanças do país deve incluir as PPPs e as concessões. Sem elas, não conseguiremos a necessária ampliação da infraestrutura, indispensável para o aumento da produtividade da economia brasileira”, disse o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto.

De acordo com o vice-presidente de Obras Públicas do SindusCon-SP, Luiz Antônio Messias, “hoje PPPs e Concessões são a única forma de conseguirmos sanar os problemas de infraestrutura do País e ao mesmo tempo manter os nossos negócios”, disse ele.”Estamos vendo uma ruína total das instituições, parece que o Brasil num instante se desmanchou. Mas vamos ver pelo outro lado, tem o dia seguinte. As concessões e PPPs são o grande pulo que o Brasil pode dar de eficiência”.

Martins, defende a tese de que o modelo PPP mais concessão abre novas oportunidades para as pequenas construtoras lucrarem menos com a obra física e mais com a prestação de serviços depois da sua inauguração. Apontando ainda que o Estado precisa promover, mas não executar. “Quando estamos falando de concessão é algo maior. Hidrelétricas, aeroportos e rodovias, mas também tratamento de resíduos sólidos, prisões”, disse.

Uma das tarefas apontadas é que o setor precisa enfrentar para viabilizar essa “descentralização” é convencer os governos federal, estaduais e municipais a lançar editais que permitam a participação de mais empresas em uma mesma obra. “Se você vai construir mil quilômetros de estrada, pode fazer 50 lotes de 20 quilômetros”, prega o presidente da CBIC.

De acordo com o presidente da Comissão de Obras Públicas da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge, desde o ano passado a entidade está apostando nesse debate e afirma ser “essa uma necessidade básica do mercado diante da queda brutal de investimentos nas três esferas de poder”. Além disso, aponta, “queremos contribuir com um modelo mais apropriado para esse país, tirar o poder público de áreas que não competem a ele fazer e que a iniciativa privada vai executar com mais eficiência e mais rapidez e menor custo”, finaliza.

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