A Odebrecht Óleo e Gás fechou um contrato com um “clube” de sete bancos privados internacionais e obteve um total de 804 milhões de dólares . Trata-se do primeiro grande financiamento de longo prazo dentro do grupo desde que o presidente da corporação, Marcelo Odebrecht, e mais quatro executivos de alto escalão tornaram-se réus em ação penal devido às investigações da Operação Lava Jato. As informações foram publicadas nesta terça-feira pelo jornal Valor Econômico. Os nomes dos bancos não foram revelados.

Os recursos serão voltados à construção de uma plataforma FPSO para o Campo de Libra, explorado pela Petrobras, com participação de 40%, junto com a francesa Total (20%), a americana Shell (20%) e as chinesas CNPC (10%) e CNOOC (10%). O financiamento tem prazo de dez anos e a amortização começa após o início da operação comercial da unidade, previsto para o primeiro trimestre de 2017.

A estatal será responsável pela operação e afretamento da unidade, que está em construção em Cingapura, pelo estaleiro Jurong. O custo total é estimado em 1 bilhão de dólares. Para fechar o valor, a Odebrecht contou com um empréstimo de curto prazo de 200 milhões de dólares, que havia sido disponibilizado no começo deste ano.

Segundo Rogério Ibrahim, diretor financeiro da Odebrecht Óleo e Gás, o pré-acordo com as instituições financeiras foi feito em outubro no ano passado, logo após a assinatura do contrato com a Petrobras, que tem duração de doze anos. O acordo definitivo, no entanto, foi assinado na última sexta-feira.

As instituições financeiras monitoram com lupa a Lava Jato e as empresas envolvidas. Apesar de admitir que a situação financeira da Odebrecht é saudável, sabem que as incertezas sobre o impacto das investigações não são mensuráveis neste momento.

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