Segundo estudo divulgado na última sexta-feira (15) pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a produtividade da mão de obra no setor de construção civilno Brasil ficou acima apenas da China entre 2003 e 2013. O estudo considerou 17 países.

O índice passou de 18,1% em 2003 para 20,3% em 2013, alta de 20,6%. Apesar disso, está bem abaixo aos níveis de produtividade da economia brasileira e da maioria dos países estudados.

Em 2003, a produtividade setorial no Brasil era 32,5% inferior à média da economia do país. Esse diferencial se manteve até 2013, ainda que com oscilações, tendo chegado a 31,7% em 2013. Já em relação à produtividade dos demais países, o Brasil possui a segunda menor taxa e apenas 20% do índice dos Estados Unidos.

Apesar de estar à frente da China, o estudo revela que, se o ritmo de crescimento dos dois países se mantiver, a nação chinesa deve ultrapassar e brasileira até 2019, já que ela possui o índice impressionante de crescimento de 108,4% na década estudada, o que representa uma taxa anual de 7,62%.

O vice-presidente do SindusCon-SP, Francisco Vasconcellos, justifica o gap brasileiro em relação aos demais países estudados. “Perdemos em questões logísticas, tributárias, com a instabilidade macroeconômica e de gestão”, e ainda acrescenta: “A produtividade da construção é um fator vital para a retomada do crescimento econômico brasileiro”.

Os dados também mostram que o crescimento no setor no país foi o quarto maior dentre os estudados, atrás da China, da Espanha e da Índia. No período, a Espanha representou crescimento de 66,5% no setor; a Índia, 62,3%. Os países com maior produtividade em 2013 foram Espanha (105,6%), França (104,7%) e EUA (100%). Aqueles com a menor são México (22,9%), Brasil (20,3%) e China (15,1%).

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