Setores da indústria que foram beneficiados pela políticadogovemo de corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na crise de 2009, e que até hoje vendem seus produtos com alíquota menor, querem que a redução de imposto tenha caráter permanente. Fabricantes de fogões, lavadoras e refrigeradores, móveis, materiais de construção e de veículos acreditam que a manutenção do benefício tributário é fundamental para garantir em 2015 ritmo de produção, que já não foi grande coisa este ano.

“Essa política tem de continuar, é vital”, afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Cover. Neste ano, a indústria de materiais de construção esperava crescimento real (descontada a inflação) na receita de 3%, mas deve fechar com queda de 4%. Ele diz que a maioria dos materiais de construção está desonerada. “Pleiteamos a desoneração de IPI de todos os materiais para conseguirmos ser mais competitivos em relação aos produtos importados.”

[quote_center]Neste ano, a indústria de materiais de construção esperava crescimento real (descontada a inflação) na receita de 3%, mas deve fechar com queda de 4%. [/quote_center]

Infraestrutura. Além de defenderem a validade das políticas direcionadas do governo para a indústria, fabricantes de móveis e de materiais de construção acreditam que outros pontos devem ser incluídos nos planos traçados pela presidente Dilma Rousseff para o seu novo mandato, para impulsionar o crescimento do setor.

“A falta de infraestrutura acaba sendo um fator que encarece os nossos produtos”, afirma o presidente da Abimóvel. Nas contas de Lutz, as dificuldades com a logística, somada à carga normal do IPI de 5% encarece entre 8% a 10% o preço dos móveis ao consumidor.

Já Cover, da Abramat, destaca a necessidade de não subir juros para que novos investimentos tenham sinal verde e o setor de material de construção possa voltar a crescer. Outro ponto lembrado pelo executivo para que o governo impulsione o crescimento da indústria é a simplificação do sistema tributário, já que, na sua opinião, é muito difícil fazer uma reforma tributária mais ampla.

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