Na família Caldara, um raio pode sim cair duas vezes no mesmo lugar. As gêmeas que conquistaram as duas primeiras colocações no curso de Engenharia Civil na Universidade Federal do Espírito Santo(Ufes), repetiram o feito do pai, que em 1984 alcançou o primeiro lugar geral da Ufes, também para Engenharia Civil.

Natália Oliveira Caldara e Larissa Oliveira Caldara, 17 anos, contaram que sempre tiveram muita afinidade com matemática e por isso resolveram fazer engenharia. Embora as duas tivessem seguido em caminhos independentes em para escolher qual das engenharias tentariam, as duas encontraram afinidade na mesma área.

As meninas contaram que estudar juntas tem muitos benefícios. “A gente compartilhas as dúvidas e o conhecimento. É bem positivo porque sempre tem alguém para ajudar”, contou Larissa.

Para conquistar a tão sonhada vaga, as gêmeas contam que a dedicação foi muito importante. “A gente se esforçou muito. estudávamos nas aulas e fomos disciplinadas em casa. Essa disciplina foi fundamental”, contou Natália.

Apesar do esforço, as irmãs contaram que os momentos de descanso eram muito importantes para alcançar o sucesso. “Tinha dias que a gente tava num ritmo muito intenso, aí precisávamos espairecer”, contou Natália.

Larissa completou dizendo que intensificar muito o ritmo de estudos nem sempre é uma boa opção. “A gente vê pessoas estudando até muito tarde, mas é importante não atrapalhar o sono para não prejudicar o desempenho no dia seguinte”, afirmou.

DE PAI PARA FILHAS

No ano de 2002, Adauto Caldara, pai das gêmeas, dava entrevista ao jornal A GAZETA para contar suas conquistas. Aos 16 anos, em 1985, Adauto foi o primeiro colocado no vestibular. Na época tentando Engenharia Civil.

No ano seguinte, aos 17 anos, Adauto repetiu o eito, dessa vez tentando uma vaga no curso de arquitetura. Apesar das aprovações, foi no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que o jovem conquistou o sonhado diploma.

Durante a entrevista, Caldara garantiu que, quando as meninas tentassem uma vaga na Universidade, ele não cobraria primeiros lugares.

“Talvez um ou dois pontos acima da média para passarem de ano”, disse. Mal sabia Adauto a surpresa, e a alegria, que o futuro reservava.

Deixe seu comentário aqui...